quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

RAYMONDA


Bailado em três atos
Música: Alexander Glazunov
Libreto: Lydia Pashkova e Marius Petipa
Coreografia: Marius Petipa
A história "Raymonda" acontece no século XIII. Tudo começa no Palácio de Raymonda, sobrinha da Condessa Sybil de Daurice, da França. Todos dançam alegres, quando entra a Condessa, repreendendo os convivas por suas ociosidade.
A Condessa exibe uma estátua da Dama Branca, sua antepassada que castiga os infiéis às tradições da família.
O cavaleiro Jean de Brienne vem despedir-se de sua noiva, Raymonda. Ele está de partida para uma cruzada chefiada pelo Rei Andrei II, da Hungria. Durante a noite, surge diante de Raymonda o fantasma da Dama Branca, que a leva para o Reino Mágico da Fantasia, onde Jean a espera. Eles dançam, felizes. De repente, Jean desaparece e surge em seu lugar, um desconhecido Cavaleiro Oriental, que faz uma apaixonada declaração de amor à Raymonda. Assustada, ela desmaia e só acorda quando o dia amanhece. Raymonda pensa que estas visões foram uma premonição de seu destino.Mais tarde, no Castelo dos Daurice, acontece uma festa. Os convidados estão chegando, entre eles o cavaleiro sarraceno Abderakhman, com uma enorme comitiva. Raymonda o reconhece: é o misterioso cavaleiro de seu sonho. O jovem oferece à Raymonda poder e riqueza em troca da sua mão. Raymonda não aceita e, furioso, Abderakhman decide raptá-la.Neste exato momento, Jean de Brienne entra, com seus cavaleiros e o Rei Andrei II à frente, voltando da cruzada. O rei propõe que os dois pretendentes decidam seu destino em um duelo. Jean sai vencedor e fica junto de Raymonda novamente.Em outro momento, no parque do castelo de Jean, se passa a festa das bodas de Jean e Raymonda. Os convidados desfilam e Andrei II abençoa os noivos. A festa termina com um grande baile húngaro, em homenagem ao rei.
Fonte: Ballet Bolshoi. . In: Revista Dança & Cia.

PAQUITA


Libreto de Paul Foucher e Maziilier
Música: Deldevez
Coreografia: Mazilier e Petipa.
Estréia no Teatro Royal de Música, em 1º de abril de 1846.
A ação transcorre na Espanha durante a época napoleônica.
Ato I

Ovale dos touros nos arredores de Saragoça. À direita, ao longe, imensos rochedos, que sobem em ziguezague nos degraus cavados na rocha. Ao lado, um acampamento de ciganos. Paquita é uma jovem cigana espanhola.
Estão sendo realizados preparativos para uma festa que Dom Lopez oferecerá ao general francês. Este pega a mão de Dona Serafina, filha do governador, e a coloca na de seu filho Lucien. Não há uma aprovação amorosa.
Entra um grupo de ciganos, tendo à frente Inigo, e logo depois, Paquita aparece. A jovem dança.
Após, retira-se para um canto e olha para uma miniatura, que tirou do seio, e acredita representar seu pai.
Novas danças ciganas. Terminada a cena, Inigo manda Paquita passar o chapéu, o que a jovem faz de má vontade.
Ao ver Lucien, ambos se sentem atraídos. Inigo ordena que Paquita dance de novo, mas ela se recusa.
Quando Inigo vai bater na moça, Lucien impede. Sem ser visto, Inigo roubara a miniatura de Paquita.
Esta fica transtornada quando dá por falta da miniatura e acusa Inigo. Lucien quer prendê-lo, mas o governador intervém. Terminada a dança, o governador convida os franceses a jantarem em sua companhia.
Ficando a sós com Inigo, combina com o chefe cigano a matar Lucien e usar Paquita para atrair Lucien a uma armadilha. Depois que todos saem, entram Paquita e Lucien.
O francês propõem que a jovem cigana fuja em sua companhia, mas ela recusa.
Em seguida, entra Dom Lopez com seus convidados. O governador anuncia a partida dos franceses.
Lucien diz que irá mais tarde, pois terá de comparecer a uma festa dos ciganos em sua homenagem.
O francês se afasta com os ciganos, dizendo que irá reunir a todos em Saragoça.
Ato II

Primeira Cena: Interior de uma casa cigana. Ao fundo, um fogão; à esquerda, um aparador.
À direita, uma porta. Mobiliário rústico. Paquita está sonhando com Lucien. Ao ouvir passos, esconde-se.
Entram Inigo e o governador, envolto em longa capa. Os dois combinam a morte de Lucien, colocando, antes, um narcótico em sua bebida. Quando o governador se retira, Paquita dá um passo em falso e é surpreendida por Inigo. Mas a jovem diz que acabou de chegar. Entra Lucien e pede abrigo a Inigo, que concede. Paquita avisa ao jovem francês, por sinais, que ele corre perigo. Inigo sai com Paquita para preparar a refeição.
Ficando sozinho, Lucien se dá conta de que está trancado e sem a espada. Durante a ceia, Paquita vai avisando Lucien se pode ou não beber o vinho. Quando é servido o vinho drogado, Paquita deixa cair os pratos e, na confusão, troca os copos. Inigo logo depois adormece. Paquita avisa Lucien que está chegando a hora. Soa a meia-noite. Paquita e Lucien agarram-se à parede que, girando sobre seu eixo, os leva para fora,
ao mesmo tempo deixa entrar os bandidos, surpreendidos ao encontrarem apenas Inigo adormecido.
Segunda Cena: Salão de Festas do comandante francês em Saragoça. O Conde d'Hervilly entra com o governador, a futura nora, e sua mãe, a Condessa. De repente, entram Paquita e Lucien. Este relata tudo o que se passou e diz que a cigana salvou sua vida. Olhando para o governador, Paquita diz que foi ele quem tramou com Inigo a morte de Lucien. O conde manda prender Dom Lopez e toda a sua comitiva. Depois, tirando a miniatura do seio - que recuperara de Inigo, quando este adormecera -, Paquita a compara com um retrato na parede, e diz que é seu pai. O conde lhe diz que aquele retrato é de seu irmão que morrera no Vale dos Lobos numa cilada cigana. Paquita entende tudo; fora a única sobrevivente do massacre e seqüestrada por Inigo. O general francês abraça a sobrinha, e a Condessa leva-a para se vestir dignamente. O baile prossegue. Paquita retorna a dança que serve de prelúdio para o conjunto final.
Fonte: Os mais famosos ballets, Edgard de Brito Chaves Júnio

SHERAZADE


Coreografia: Michel Fokine.
Música: Nikolai Rimski e Korsakov.
Cenário e Figurinos: Leon Baskt.
1ª apresentação: (Companhia do Ballet Russo de Diaghliev)
Teatro da Ópera de Paris - França - em 04 de julho de 1910.
Principais intérpretes: Ida Ribstein (Zobeida), Vaslav Nijinsky (escravo favorito),
Aléxis Bugakov (Shariar), Bassil Kissilev (Zeman) e Enrico Cechetti (o grande Eunuco).
Há muito tempo atrás era conhecido de todos um famoso sultão chamado Shariar, senhor de um luxuoso harém. Ele tinha, como todos os de sua posição, uma favorita: a formosa Zobeida, que o encantava, e a tantos outros que a conheciam. Zeman, irmão do sultão, que presenciara algumas conversas das mulheres do harém, começou a suspeitar da fidelidade de Zobeida. Depois de muito pensar, alertou o irmão do que poderia estar acontecendo. Sem muito acreditar, Shariar concordou em deixar o harém e a sua favorita por algum tempo, fingindo que ia caçar com o irmão.
Logo depois de sua suposta partida as mulheres conseguem persuadir o grande eunuco, seu guardião, a abrir as portas do harém para que os escravos negros entrassem e com elas se divertissem numa grande festa. O mais belo entre eles, vestindo trajes de ouro, é eleito por Zobeida para seu par nas danças sensuais que as mulheres do sultão costumavam fazer. No auge do divertimento, a festa é interrompida pelo regresso antecipado de Shariar. Certificando-se da desconfiança do irmão e humilhado na frente dos amigos, o sultão ordena uma matança geral à qual ninguém escapa. Zobeida, desesperada por ser a causadora de tantas mortes e envergonhada por ver conhecida sua verdadeira personalidade, se mata com uma punhalada no coração, aos pés do seu senhor.

LA SYLPHIDE


Coreografia: Filippo Taglioni
Música: Jean Schneitzhoeffer
Estréia Mundial: 1832, em Paris.
La Sylphide. A história se passa numa fazenda na Escócia, onde James, noivo de Effie, vivia. Dias antes do casamento, James adormeceu numa cadeira de balanço e sonhou com a Sylphide, uma jovem desconhecida que usava uma roupa branca, longa e transparente. Na verdade, James não estava sonhando, e a Sylphide era um ser alado que mora nas florestas. O rapaz ficou tão impressionado com a beleza da moça que sentiu seu amor dividir-se entre ela e a noiva. Gurn, um rapaz que também estava interessado em Effie, estranhou o modo como James andava se comportando
e foi à sua casa, à noite, para ver o que poderia estar acontecendo. Chegando lá, ele descobriu que a Sylphide andava fazendo visitas ao amigo, e correu para contar tudo a Effie, que, por sua vez, não acreditou em nada.

Chega, então, o dia do casamento. Durante a festa, apareceu Madge, uma feiticeira disfarçada de velha, que pediu para ler a mão de Effie. Ela viu em suas mãos um casamento, mas não com James. Por tamanha audácia, a feiticeira foi expulsa da festa. Na hora da cerimônia, quando os noivos estavam trocando das alianças, a Sylphide apareceu chamando por James, dizendo que se ele se casasse ela morreria. Da mesma forma misteriosa que apareceu, ela desapareceu de novo. James não resistiu e foi em busca de seu amor na floresta, para onde Madge, sedenta de vingança, havia ido depois de ser expulsa da festa. Lá, ele encontrou a Sylphide em uma clareira, e os dois se abraçaram e dançaram durante um longo tempo. Foi quando Madge apareceu e ofereceu a James um xale mágico, para transformar a Sylphide em uma mortal, de forma que ela poderia se casar e viver com ele. Mas os amantes nem sequer desconfiavam que as intenções de Madge não eram de ajudar o casal. Na hora que James colocou o xale nos ombros de sua amada, suas asas, símbolo de sua imortalidade, foram cortadas e ela morreu em seus braços.
Para completar sua vingança, Madge fez com que James escutasse as badaladas dos sinos que celebravam o casamento de Effie e Gurn.
La Sylphide foi uma obra que inovou a dança na Europa Ocidental. Na época do florescimento do romantismo, a sociedade européia esperava por uma obra que demonstrasse todo o clima desse tempo, e que inovasse esteticamente, não repetindo a história camponesa e realista de La Fille.
A roupa desenhada para a Sylphide é o maior exemplo disso: branca, longa e transparente, dava um aspecto irreal à personagem. Foi também uma das maiores revoluções teatrais de nossa era, pois era uma roupa simbólica e que nem sequer parecia com as usadas no dia a dia. O clima etéreo e a ilusão são marcas dessas inovações. Mas a maior novidade foi a construção do ballet inteiro usando sapatilhas de ponta. Temos registros de danças nas pontas dos pés anteriores à estréia de La Sylphide, mas esse foi a primeira peça cuja coreografia original previa o uso de sapatilhas de ponta do início ao final. Essa inovação gerou inúmeras mudanças na dança clássica, inclusive a recolocação do homem nas coreografias, passando a exercer mais o papel de partner do que de bailarino. Os pas-de-deux se tornaram mais sensuais, pois o homem, para dar mais suporte à bailarina, precisa tocá-la com mais freqüência e escorá-la com o próprio corpo. Dois anos depois da estréia de La Sylphide na França, o ballet foi remontado na Dinamarca com nova música e nova coreografia, de Herman Severin Lvenskjold e Auguste Bournonville, respectivamente. Essa é a versão conhecida atualmente, pois da versão de Taglioni só resta o libreto, que foi a única ferramenta utilizada na segunda versão. Foi o libreto que, inclusive, inspirou Bournonville a construir o ballet. Em 1971, o professor Pierre Lacote, após anos de pesquisas baseadas nas descrições e anotações da época, recompôs o ballet de Taglioni. Essa versão é a mais conhecida e dançada por companhias brasileiras.
Fonte:Livro Histórias de Ballet -Luisa Lagôas.

ESMERALDA


Coreografia: Jules Perrot
Música: Cesare Pugni
História: Jules Perrot
Estréia: 1844, no Teatro de Sua Majestade, em Londres.
Balé em três atos e cinco cenas
Estamos no século XV, no Pátio dos Milagres, em Paris. Ao entardecer, os mendigos encontram-se numa algazarra geral, sob a presidência de Clopin. O poeta Pierre Gringoire é trazido à sua presença. Os outros o revistam,
e como só encontram um poema em seus bolsos, ficam irritados. Clopin condena Pierre à morte.
Dá-lhe, contudo, uma opção: se encontrar uma mulher que queira desposá-lo, será livre. Porém, ninguém se apresenta. Nesse momento, entra a cigana Esmeralda, que se compadece da situação de Pierre e concorda em casar-se com ele. Segue-se uma dança para comemorar o matrimônio.
Claude Frollo aproxima-se de Clopin e confessa seu amor por Esmeralda.
O chefe concorda em ceder-lhe a cigana, e Claude declara-se a ela. Ouve-se o toque de recolher.
Claude chama Quasímodo, o sineiro da igreja de Notre Dame, para ajudá-lo a pegar Esmeralda.
Os dois se atiram sobre a cigana. Nesse momento, entra um policial com o capitão Phoebus à frente.
Claude consegue fugir, mas Quasímodo é preso. Esmeralda e Phoebus trocam olhares, e a jovem lhe conta sua vida. Ela intercede pelo corcunda e consegue sua libertação, fugindo dos beijos e abraços do capitão e levando consigo sua faixa. Esmeralda entra em seu pequeno quarto, pobremente mobiliado, segurando a faixa de Phoebus.
Com o olhar perdido, forma o nome do capitão com umas letras na mesa.
Entra Pierre Gringoire, o poeta, julgando que aquele abandono da cigana signifique amor por ele.
Tenta agarrá-la mas ela se livra, apanha um punhal e o ameaça, dizendo que só o desposou por piedade.
Pierre sai, decepcionado. Pouco depois aparece Claude, com Quasímodo.
Ele declara seu amor a Esmeralda, mas logo vê o nome de Phoebus na mesa. A jovem foge.
Claude sai atrás dela, mas cruza com Pierre e tenta apunhalá-lo.
É detido por Quasímodo, que jura vingar-se de Phoebus. No jardim da mansão de Gondelaurier, são feitos os preparativos para o casamento de Fleur de Lys e Phoebus. A noiva dança com suas amigas.
Entra o noivo, que beija, indiferente, sua mão. Esmeralda vem dançar, acompanhada por Pierre Gringoire.
O capitão demonstra seu sentimento, o que enfurece a noiva, principalmente depois que ela vê a faixa de Phoebus com a cigana. Fleur de Lys arrebata a faixa de Esmeralda, mas cai no chão desmaiada.
Enquanto é levada para casa, o poeta protege a saída de Esmeralda. Phoebus os segue.
É noite. Em um aposento de uma taberna, com uma janela que dá para o rio, entra o chefe Clopin, seguido por Claude, com um archote na mão para iluminar o caminho. Clopin indica um esconderijo e Claude entra ali com um punhal. Tempos depois chegam Phoebus e Esmeralda. O capitão pergunta à jovem como é que ela pode amar dois homens ao mesmo tempo. Tomando uma pluma e soprando-a, ela responde que seu amor é como uma pluma ao vento.
Com ciúmes, Claude salta sobre os dois com o punhal na mão. Phoebus puxa Esmeralda para um quarto.
Ouve-se um tiro e a queda de um corpo. Claude sai correndo e salta pela janela. Esmeralda desmaia.
Clopin invade o recinto, seguido por outras pessoas e acusa Esmeralda de assassinato.
A cigana é presa, apesar de seus protestos. Segurando uma rosa, ela dança como em um sonho.
Aos poucos, tudo vai se acabando. O espectro da rosa sai pela janela, a moça acorda, percebe que tudo não passou realmente de um sonho e aperta a flor contra o seio.
Fonte: Revista Dança & Cia

O QUEBRA-NOZES



Coreografia original: Lev Ivanov
Música: Peter Ilych Tchaikovsky
Estréia Mundial: 1892, em São Petersburgo, na Rússia
É festa de Natal na casa da família Stahlbaum. As crianças se divertem e Clara recebe do padrinho, Herr Drosselmeyer, um boneco Quebra-Nozes. Drosselmeyer diverte as crianças com brincadeiras e mágicas, distribuindo presentes para todos. No fim da festa, depois que todos já estão dormindo, Clara volta para a sala e adormece ao lado da árvore de Natal e de seu presente. Sonha que um exército de ratos está invadindo a sua sala, mas o quebra-nozes a defende, comandando um exército de soldadinhos de chumbo. O Rei dos ratos acaba ferindo o boneco, que, desarmado, está prestes a perder a batalha quando Clara o salva atirando seu sapato nos ratos. Drosselmeyer aparece em seguida e, num passe de mágica, transforma o boneco em um belo príncipe, que leva Clara ao Reino das Neves e ao Reino dos Doces. A Fada Açucarada, Rainha do Reino dos Doces, homenageia Clara com uma grande festa, onde todos os habitantes do seu reino dançam, representando as várias regiões (podem ser as danças do Chinês, Árabe, Russos, etc.; ou em outras versões, as danças do chocolate, do café, das flores, etc.). Por fim, a Fada dança um belo pas-de-deux com o príncipe, quando Clara começa a se sentir sonolenta até adormecer de novo. Na manhã seguinte, quando acordam, a casal Stahlbaum encontra Clara dormindo embaixo da árvore, abraçada ao Quebra-Nozes. Ela sabe que seu presente de Natal foi uma linda viagem, em forma de sonho, e não apenas um boneco.
O Quebra-Nozes foi um Balé que veio marcar a afirmação da Rússia como o grande centro mundial da dança, ao invés da França. A começar pelo seu coreógrafo, Lev Ivanov, que era russo e discípulo de Marius Petipa. Quando este perdeu seu interesse pela obra, por seu caráter infantil, Lev Ivanov assumiu a coreografia da obra. Foi a segunda composição de Tchaikóvsky para ballet, e considerada um dos mais perfeitos casamentos entre coreografia e música, pois nenhum dos dois se sobressai em relação ao outro.
Fonte:Livro Histórias de Ballet -Luisa Lagôas

DOM QUIXOTE


Coreografia: Marius Petipa
Música: Leon Minkus
Estréia Mundial: 1869, em Moscou.
Na praça do mercado, em Barcelona, Quitéria (Kitri) está sendo forçada por seu pai a aceitar a corte do rico comerciante Gamanche, que deseja se casar com ela. A moça, apaixonada pelo barbeiro Basílio, reluta insistentemente. Dom Quixote chega à praça e presencia a cena, logo vendo em Quitéria a alucinação de Dulcinéia, a mulher de seus sonhos. D. Quixote desafia Gamanche para um duelo, mas não é levado à sério nem pelo comerciante, nem pela multidão, sendo expulso da cidade. Basílio, por sua vez, desesperado ante a perspectiva do casamento de Kitri com Gamanche, finge estar se suicidando, e pede ao pai da moça que lhe satisfaça um último desejo, concedendo-lhe a mão de Quitéria em casamento. O pai cede, e para o seu espanto, Basílio se levanta radiante de saúde e felicidade, para abraçar a amada. D. Quixote, expulso da cidade, acampa à beira dos moinhos, onde encontra o rei dos ciganos, que organiza uma festa para ele. O velho bebe demais e acaba vítima de suas fantasias, pois ataca carroças de marionetes e os moinhos de vento, julgando estar em batalha com gigantes inimigos. Ao final da batalha, o velho dorme, ferido, e sonha com os jardins de Dulcinéia, povoados por seres fantásticos. Um duque que passava por ali acorda o fidalgo e convida-o a pousar em seu castelo. Lá, numa festa em homenagem ao cavaleiro, seu amigo Carrasco simula com ele uma batalha, convencendo-o ao final de abandonar as ilusões e voltar a viver na realidade. Enquanto isso, na praça de Sevilha, o casamento de Quitéria e Basílio é celebrado com uma grande festa e muitas comemorações.
D. Quixote, a novela de Miguel de Cervantes, inspirou vários ballets, ao longo dos tempos. As primeiras versões encenadas não obtiveram sucesso suficiente para se manterem até hoje, mas a versão estreada em 1869, com o libreto um pouco mais livre da obra, teve um sucesso arrebatador, creditado ao seu virtuosismo técnico. Essa obra marca a ascensão da Rússia a centro mundial da dança, pois naquela época a Europa Ocidental vivia o mercantilismo, deixando o campo das artes um pouco abandonado. Em conseqüência, os artistas migraram para o Império dos Czares, onde a dança, especialmente, era muito estimulada. Assim foi feito com Jules Perrot, Saint-Léon e Marius Petipa, o autor em questão. Petipa era muito ligado a temas espanhóis, tendo trabalhado e estudado em Madri, e inclusive já havia remontado outro ballet com motivos espanhóis na Rússia: Paquita. São marcas de D. Quixote a cor, a sensualidade, o humor e o calor dos temas espanhóis. Foi dançado predominantemente na Rússia até a migração de grandes nomes soviéticos para o Ocidente. Só depois da chegada de Nureyev, Barishnikov e Balanchine no mundo ocidental é que o ballet passou a ser dançado com mais freqüência por nossas companhias.
Fonte:Livro Histórias de Ballet -Luisa Lagôas


A BELA ADORMECIDA


Coreografia: Marius Petipa
Música: Peter Ilych Tchaikovsky
Estréia mundial: 1890, em São Petersburgo, Rússia.
Nasceu a princesa Aurora, filha do casal Real de um reino muito feliz e rico.
Em sua festa de batizado, as seis fadas do bem trazem para a pequena princesa
presentes e bençãos. Mas a fada do mal, Carabosse, não foi convidada, e aparece na festa para expressar sua indignação com tal desfeita. Mesmo depois do pedido de desculpas do Rei e da Rainha, Carabosse lança sobre a princesa um feitiço: quando ela completasse 15 anos, espetaria seu dedo em um fuso e morreria. A Fada Lilás, principal protetora de Aurora, acalma a todos dizendo que não tem poderes para desfazer o feitiço, mas que poderia amenizá-lo. Assim, Aurora não morreria, mas cairia em um sono profundo até que fosse despertada com o beijo de um príncipe. E assim, a princesa cresce cercada de cuidados de seus pais, mantida longe de qualquer objeto que pudesse ser pontiagudo. Na festa de seus 15 anos, seus pais lhe prepararam uma grande festa, e convidaram novamente todos os habitantes do reino, com exceção de Carabosse, que havia sido mandada embora do reino. De repente, uma velha entra no salão e dá um presente para Aurora: um fuso. Na mesma hora Aurora, intrigada com o objeto que nunca viu, espeta o dedo e desfalece. A velha tira seu disfarce e mostra quem é realmente: Carabosse, disfarçada. Então, a fada Lilás espalha um encanto por todo o reino, fazendo com que todos adormecessem junto com Aurora. 100 anos se passam, e no reino vizinho, um jovem príncipe sonha com a Fada Lilás e a bela princesa adormecida. Guiado pela fada, o príncipe enfrenta todos os desafios colocados no caminho por Carabosse, e depois de muito lutar chega ao castelo. Lá está Aurora, dormindo ainda mais linda que no dia que espetou seu dedo no fuso. O príncipe percebe que ela é o grande amor que ele estava buscando há muito tempo, e a beija. A princesa desperta do sono profundo e, como num passe de mágica, todos os convidados e habitantes do castelo também acordam, os jardins voltam a ser vivos como antes, tudo se desperta como se nada tivesse acontecido. Aurora também vê no príncipe o seu grande amor, e uma grande festa de casamento é celebrada, e a Fada Lilás convida para as festas os habitantes fantásticos de outros reinos, como Chapeuzinho Vermelho e o Lobo-Mau, Cinderela e seu príncipe, o Gato de Botas e outros. Muita alegria e comemorações se seguem então.
A Bela Adormecida, sem dúvida, foi a grande obra que marcou o apogeu da Rússia dos Czares, além de ser o grande sucesso de Tchaikovsky em vida (O Lago dos Cisnes parece ter superado A Bela Adormecida em sucesso, mas isso aconteceu somente depois da morte do compositor). A ambientação da obra, em castelos reais, com personagens grandiosos e fantásticos, marca a força da Rússia na época. A produção da obra foi feita em conjunto pelo coreógrafo, figurinista e o compositor, por isso o resultado é uma integração tão perfeita entre os três elementos. São características especiais da obra as variações muito ricas em técnica, especialmente a da Fada Lilás, que Petipa construiu para sua filha, Marie Mariusovna Petipa. Outra curiosidade é que a fada do mal, Carabosse, costuma ser apresentada por um homem, provavelmente para ficar mais grosseira e pesada. A grandeza da obra fez com que três dos seus Grand Pas-de-Deux se tornassem independentes, sendo apresentados por grandes bailarinos de todo o mundo em espetáculos de gala, sem o resto do ballet.
Fonte:Livro Histórias de Ballet -Luisa Lagôas

O Corsário


Ballet em 3 atos e 5 cenas
Música: Adolpho Adam
Coreografia:Giovanni Galzerani
História: Giovanni Galzeroni
Cenário e Figurino: Alessandro Sanquirico
Estréia: 16 de agosto de 1826, Milão - Itália
Principais Intérpretes: Nicola Molinari, Antonia Pallerini, Giuditta Bencini, Pietro Trigambi
Outras versões:
Em 1837, Londres / de François Albert
Em 23 de janeiro de 1856, Paris / de Mazilier
Em 24 de janeiro de 1858, São Petersburgo / de Jules Perrot
Em 1868, de Petipa

O texto é baseado no poema do mesmo nome de autoria de Lord Byron, embora as semelhanças sejam poucas. A história é centrada na briga política entre gregos e turcos.
Prólogo - O Batizado
Conrado, Ali e Birbanto, que lideram um navio de corsários, sofrem um terrível naufrágio. Na abertura do ballet eles aparecem agarrados ao navio, que está afundando em meio a uma tempestade.
Ato I - Cena I
Conrado e os outros piratas são levados até a praia pelas ondas. Jovens gregas, lideradas por Medora e Gulnara aparecem na praia, e logo descobrem o naufrágio, imediatamente Medora e Conrado se apaixonam. Em seguida aparece um grupo de mercadores turcos, comandados por Lankendem, em busca de jovens mulheres para serem vendidas como escravas. Os turcos capturam as jovens gregas por uma boa quantia oferecida por Lankendem, que as leva para o mercado escravo. Os corsários as seguem, para tentar resgatá-las.
Ato I - Cena II - O Mercado Escravo
Em meio ao povo surge o rico Paxá Seid (da ilha de Cós), procurando por belas mulheres para serem compradas para seu harém. Lankendem mostra ao Paxá todas as mulheres capturadas em suas viagens por terras distantes, mas nenhuma lhe causa interesse, até que apresenta Gulnara, dançando com ela um Pas d'action (Pas d'esclave). Encantado com sua beleza, o rico Paxá paga enorme quantia para tê-la em seu harém, mas o trunfo de Lankendem havia sido guardado para o final, a bela Medora. Imediatamente o Paxá faz sua oferta, mas para sua surpresa um desconhecido faz uma oferta maior do que a sua, ganhando a disputa por Medora. O desconhecido revela ser Conrado e leva embora, juntamente com os outros corsários, Medora, suas amigas e o mercador Lankendem, este último preso. Isso deixa o Paxá furioso.
Ato II - A Caverna dos Corsários
Conrado e os outros corsários levam Medora e suas amigas para dentro de sua caverna, onde guardam seus tesouros. No auge das celebrações Medora e Conrado declaram seu amor e Ali, o mais fiel corsário à Conrado, jura ser um devotado escravo à Medora. Os três dançam o Grand Pas Classique (também chamado Grand Pas de Deux a Trois ou Le Corsaire Pas de Deux).
Uma das mulheres pede à Medora que interceda em nome de todas, para que sejam libertadas. Conrado promete libertá-las, mas Birbanto, um dos corsários, e seus amigos protestam porque querem repartir as escravas, iniciando uma briga. Conrado cumpre o prometido e se retira com Medora. Lankedem presenciou tudo e propõe a Birbanto e seus amigos um trato. Em troca de sua liberdade Lankendem ensinaria-lhes uma poção, que ao ser borrifada em flores, induziria a vítima ao sono imediatamente.
Assim sendo, quando Conrado e Medora estavam sozinhos e felizes Lankendem aparece e sugere a moça que ela ofereça flores a Conrado em agradecimento por ter libertado suas amigas. Assim que Conrado cheira as flores, ele cai adormecido. Lankendem, Birbanto e seus parceiros capturam Medora. Conrado acorda e juntamente com Ali vai em busca de Medora, para salva-la novamente.
Ato III - Cena I - O Harém do Paxá
Gulnare está sendo festejada pelo Paxá quando Lankendem chega com mais três lindas mulheres para entreter o harém. Elas dançam o Pas de Trois (o Grand Pas de Trois des Odalisques), em seguida o mercador traz o grande prêmio, Medora, apesar de muito triste por ter sido capturada ela se anima ao ver sua amiga Gulnare.
Ato III - Cena II - Le Jardin Animé
Medora, Gulnare e as mulheres do harém vão juntas a um jardim repleto de flores e fontes mágicas, celebrar a beleza, graça e harmonia.
Ato III - Cena III - O Resgate
O Paxá é alertado sobre a chegada de misteriosos peregrinos, o que coincide com a oração da tarde, sendo então conduzida pelo seu líder, que é na verdade Conrado disfarçado. Sua identidade é revelada, mas a tempo de resgatar Medora e Gulnare.
Epílogo
Medora, Conrado, Gulnare e Ali partem em busca de novas aventuras.

Cinderella, O Ballet


Há várias versões: desde a primeira, em 1813, passando pela de Petipa, em 1893, até a de Ashton, em 1948.
Achei linda a sequência da Cinderella, ainda como Gata Borralheira, dançando para o quadro da própria mãe. A graça maior está na delicadeza da Alina Cojocaru, tão natural, o que raramente as bailarinas sabem fazer. Sim, há quem brilhe nas sapatilhas, mas a luz se apaga no quesito interpretação.


O clássico conto de fadas de Charles Perrault tem sido coreografado desde 1815. A sua primeira versão foi feita em São Petersburgo com criação de Francisco Decombe, em 1822, e representada na Opera de Paris em 1923.

A versão de Charles como Diderot foi apresentada em Paris, pela primeira vez, em 9 de junho de 1924.
Em Viena, a primeira apresentação foi em 4 de outubro de 1908 no Hofoperntheater. Foi o único ballet composto pelo mais jovem dos Johann Strauss. A coreografia foi de Hassreiter, e o cenário de Heinrich Lefler. A dançarina principal foi Marie Kohler e seu par foi Karl Godlewski.
Frederick Ashton, com sua versão no Saddler's Wells Ballet, no Royal Opera House de Covent Garden, Inglaterra, em 23 de dezembro de 1948, ficou sendo a primeira versão de um ballet a ser composto nos modelos do Século XIX.
Em cada apresentação do ballet, sempre houve variações e detalhes especiais criados por cada artista. Na versão vienense, Cinderela era a jovem aprendiz chamada Greta e o príncipe era Gustav, o gerente de uma loja de departamentos. A produção era comum, mas os figurinos demonstraram virtuosidade técnica. Em contrate, a versão de Paulo Meijor, foi colorida por uma infusão de criaturas da natureza, como joaninhas e cogumelos, que eram dançados por crianças do ballet da cidade de Chicago, no Teatro Auditorium, em 25 de novembro de 1981.
A história de Cinderela através dos anos foi se transformando e adquirindo de mais encantos pessoais e sociais.
Uma jovem prendada, maltratada pela família, é presenteada com a oportunidade dada por sua fada madrinha para ir ao baile do príncipe, desde que de lá saísse à meia noite. Durante o baile o príncipe se apaixona por ela, mas ela desaparece antes de revelar seu nome ao príncipe. Ele então, viaja pelo mundo afora à procura do amor misterioso, carregando um de seus sapatinhos de cristal que ela havia perdido durante a fuga. Eventualmente os dois são unidos e a família é perdoada.
No Teatro Real da Dinamarca, o ballet estreou no dia 25 de setembro de 1910. Emilie Walbom coreografou o trabalho de Otto Mailin. Não houve cenário nem figurino. Os principais papéis foram de Ellen Price e Hans Beck, e a música foi do famoso compositor dinamarquês Carl Nielsen.
Andre Howard coreografou e desenhou a versão do ballet para a música de Carl Maria von Weber, para o Ballet Rambert, apresentado no Teatro Mercury, em Londres, no dia 6 de janeiro de 1935. Pearl Argyle foi Cinderela e Frederick Ashton, o príncipe. O Ballet Rambert apresentou a pantomima "O sapatinho de Cristal", em 3 atos, e duas versões de cenas de "Cinderela", escrito por Herbert e Eleanor Farjeon. A coreografia foi de Howard e a música de Clifton Parker, com figurinos de Hugh Stevenson. Essa versão foi representada no Teatro Saint James de Londres durante o Natal de 1944.
No Teatro Bolshoi, em Moscou, como Zolushka, Cinderela estreou no dia 21 de novembro de 1945. O coreógrafo foi Rostilav Zakharov e a música de Sergei Prokofiev. A heroína foi Olga Lepeshinskaya e o príncipe Mikhail Gabovich. O cenário foi de Peter Williams. Prokofiev começou a trabalhar na música durante o inverno de 1940 para o ballet Kirov, de Leningrado. Seus planos, porém, foram interrompidos pelo início da Segunda Guerra Mundial e ele só terminou o trabalho na primavera de 1944. A sua versão segue a tradição clássica contendo "pas de deux", adágios, a gavotte, a mazurka e valsas. Cada personagem principal dança individualmente. O compositor usou compassos simples e vivos para demonstrar a vida interior de Cinderela. A produção foi boa. A estréia do ballet Kirov ocorreu no dia 8 de abril de 1946, e seguiu mais de perto a linha original. Foi a estréia do coreógrafo Konstantin Sergeyev, que representou o príncipe, junto à Cinderela de Natalia Dudinskaya. A música do ballet ganhou o prêmio Prokofiev, prêmio do Estado da USSR.
Dentre as mais memoráveis versões está a de Ashton, onde dançaram Moira Shearer, depois Margot Fonteyn e Michael Somes. Essa produção foi vista em Nova York, quando o Saddler's Wells Ballet visitou os Estados Unidos pela primeira vez, e influenciou a versão americana.
A primeira versão da Cinderela americana foi a de Ben Stevenson, pelo National Ballet de Washington, DC, no dia 24 de abril de 1970. A coreografia de Stevenson tinha cenários de Edward Hayned, figurinos de Norman McDowell, e como dançarinos Gaye Fulton e Desmond Kelly. As cunhadas foram representadas pelos travestis Frederic Franklin, o que foi brilhante. A madrasta foi omitida. Stevenson utilizou mais dois argumentos rápidos, e inesperadas marcações de cena.
Cinderela foi coreografada nas cidades russas e teve versões em toda a Europa e Japão. Todos se preocuparam em manter a jovialidade ao tema, mas em 1987 Rudolf Nureyev quebrou as tradições e dançou sua versão para a Opera de Paris, feita em um estúdio de Hollywood, com a heroína, a filha adotiva e a madrasta.


Ballet de Coppélia


Coppélia é um dos trabalhos mais famosos do repertório de balé.
Ele estreou em 25 de maio de 1870 na Ópera de Paris . recriado nas bases de teatro combinar ballet e dança clássica, dança caráter e da pantomima.

 
A própria ação se passa em uma cidade de fronteira, onde várias influências étnicas e folclóricas: húngaros, poloneses, ucranianos e ciganos, obrigando-nos a criar um show ao vivo, alegre, colorido e alegre. Lançado em Paris, com coreografia A.Saint-Leon, que foi diretor da companhia de balé da Ópera de Paris e São Petersburgo. Saint-Leon morreu pouco depois de seu lançamento. Um ano mais tarde estreou em São Petersburgo. Marius Petipa para a sua versão original de Saint-Leon, 10 anos mais tarde, fazer a sua própria versão deste clássico. Léo Delibes música e libreto de Charles Nuitter em uma história de ETA Hoffmann. Ballet em três atos.

Act 1
A ação se passa em uma aldeia onde vivem, entre outros, o Swanilda travesso, seu namorado Franz e Coppelius brinquedo. O último habitam em uma casa misteriosa onde ele mantém suas criações, desconhecidos para o resto: de tamanho humano bonecas.
 
Act 2
Mas resistir à curiosidade, Swanilda e as amigas dela vir para a casa um dia para descobrir o que Coppelius disposto a esconder o brinquedo lá. Depois de navegar em todos os lugares, decide se passar por Swanilda Coppelia, a boneca favorita artesão.
 
Ato 3
Para o espanto de seus olhos, o Dr. Coppelius olha espantado como sua criação favorita vem à vida para se tornar um ser humano. Swanilda, depois de um pouco de diversão, confessa a verdade, e mal suporta o brinquedo decepção. E finalmente resgatada por seu namorado, Swanilda fugitivo de Coppelius.Posteriormente, durante o casamento de ambos, perdoa Coppelius e as pessoas estão felizes com o novo casamento.

Christopher Del Giorno e Tamara Tabar nel atto di Coppelia primo de San Jose Cleveland Ballet.Shomler.1998 Bob Foto

A História do Ballet Clássic

A história do ballet começou há 500 anos atrás na Itália. Nessa época os nobres italianos divertiam seus ilustres visitantes com espetáculos de poesia, música, mímica e dança. O primeiro ballet registrado aconteceu em 1489, comemorando o casamento do Duque de Milão com Isabel de Árgon.
Os ballets da corte possuíam graciosos movimentos de cabeça, braços e tronco e pequenos e delicados movimentos de pernas e pés, estes dificultados pelo vestuário feito com material e ornamentos pesado.
Quando a italiana Catarina de Medicis casou com o rei Henrique II e se tornou rainha da França, introduziu esse tipo de espetáculo na corte francesa, com grande sucesso. O mais belo e famoso espetáculo
oferecido na corte desses reis foi o "Ballet Cômico da Rainha", em 1581, para celebrar o casamento da irmã de Catarina. Esse ballet durava de 5 a 6 horas e fez com que rainha fosse invejada por todas as outras casas reais européias.
O ballet tornou-se uma regularidade na corte francesa que cada vez mais o aprimorava em ocasiões especiais, combinando dança com música, canções e poesia e atinge ao auge de sua popularidade quase 100 anos mais tarde através do rei Luiz XIV. Luiz XIV, rei com 5 anos de idade, amava a dança tornou-se um grande bailarino
e com 12 anos dançou, pela primeira vez, no ballet da corte.
Este rei fundou em 1661, a Academia Real de Ballet e a Academia real de Música e 8 anos mais tarde, a escola Nacional de Ballet.
O professor Pierre Beauchamp, foi quem criou as cinco posições dos pés, que se tornaram a base de todo aprendizado acadêmico do Ballet clássico. A dança se tornou uma profissão e os espetáculos de ballet foram transferidos dos salões para teatros.
No começo todos os bailarinos eram homens, que também faziam os papéis femininos, mas no fim do século XVII, a Escola de Dança passou a formar bailarinas mulheres, que ganharam logo importância, apesar de terem seus movimentos ainda limitados pelos complicados figurinos.
O período Romântico na Dança, após algum tempo, empobreceu-se na Europa, ocasionando o declínio do ballet. Isso porém, não aconteceu na Rússia, graças ao entusiástico patrocínio do Czar. As companhias do ballet Imperial em Moscou e São Petersburgo foram reconhecidas por suas soberbas produções e muitos bailarinos e coreógrafos franceses foram trabalhar com eles. O francês, Mauris Petipa, fez uma viagem à Rússia em 1847, pretendendo um passeio rápido, mas também tornou-se coreógrafo chefe e ficou lá para sempre. Durante sua estada na Rússia, Petipa coreografou célebres ballets, todos muito longos reveladores dos maiores talentos de uma companhia. Cada ballet continha danças importantes para o Corpo de Baile, variações brilhantes para os bailarinos principais e um grande pas-de-deux para primeira bailarina e seu partner. Petipa sempre trabalhou os compositores e foi Tchaikowsky que ele criou três dos mais importantes ballets do mundo: a "Bela Adormecida", o "Quebra-Nozes" e o "Lago dos Cisnes".
Mas chegara o momento para outra linha revolucionária, desta vez por conta do russo Serge Diaghilev, editor de uma revista de artes que, junto com amigos artistas estava cheio de idéias novas pronta para colocar em prática. São Petersburgos porém não estava pronta para mudanças e ele se decidiu por Paris, onde começou por organizar uma exposição de pintores russos, que foi um grande sucesso.
Depois promoveu os músicos russos, a ópera russa e finalmente em 1909 o ballet russo. Diaghilev trouxe para a audiência francesa os melhores bailarinos das Companhias Imperiais, como Ana Pavlova, Tamara Karsaviana e Vaslav Nijinsky e três grandes ballets sob direção de um jovem brilhante coreógrafo Mikhail Fokine, a quem a crítica francesa fez os melhores comentários. Os russos foram convidados a voltar ao seu país em 1911e Diaghielev formou sua própria Companhia, o "Ballet Russo", começando uma nova era no ballet.
Nos dezoito anos seguintes, até a morte de Diaghilev, em 1929, o Ballet Russo encantou platéias na Europa
e América, devendo a sua popularidade à capacidade do seu criador em descobrir talentos novos,
fragmento-se depois por todo o mundo.
No momento atual as peças de ballet são cheias de variedades e contrastes. Trabalhos antigos como "Giselle" e o mundo inteiro ao lado de outros, como os baseados em romances de Shakespeare e ainda criações recentes
assinadas por coreógrafos contemporâneos e dançadas também por bailarinos do nosso tempo.
Qual será próximo passo?
Na sua longa história, o ballet tomou muitas direções diferentes e, por ser uma arte muita viva, ainda continua em mudando. Mas, apesar das novas danças e das tendências, futuras existe e existirá sempre um palco
e uma grande audiência para os trabalhos tradicionais e imortais.
A ÓPERA-BALLET
Na primeira metade do século XVIII, entra em cena na França a ópera-ballet, que realizou o inverso dos ballets anteriores. Nas comédias-ballet, a dança está a serviço do enredo, da música, e dos outros elementos. Já na ópera-ballet, todos os elementos estão subordinados à dança e servem para conduzi-la. Era praticamente uma peça inteiramente cantada e dançada. O enredo, porém, era extremamente fraco, não havendo uma trama ou história propriamente dita, com início, meio e fim. Personagens mitológicos voltaram a ser usados, porém viviam como se fossem mortais, quase sempre passando por aventuras amorosas.
A ópera-ballet herdou dos ballets de côrte a cenografia e as vestimentas pouco adequadas. As roupas cobriam
todo o corpo e inclusive o rosto: as máscaras eram amplamente utilizadas, de forma que não trabalhavam a expressão facial. O figurino era sempre pesado e incômodo, quase incompatível com a dança leve e elevada, mas,
no entanto, a técnica era bem menos rigorosa que a atual.
A REFORMA DA DANÇA
Em 1754, Luís de Cahusac foi o primeiro a criticar o excessivo apego à forma e não ao conteúdo da dança.
Ele era um famoso libretista (que constrói o libreto, a história da peça), historiador, e, principalmente, crítico.
Para ele, qualquer manifestação artística servia para imitar a vida real, e por isso a dança deveria ser uma forma
de se expressar com o corpo as intempéries da alma. Franz van Weuwen Hilferding, um bailarino austríaco que estudou na França, se tornou maitre de ballet em Viena, Stuttgart, e São Petersburgo, onde produziu ballets repletos de ações, mímicas e mise-en-scenes. Mas esses ballets ainda não constituíam uma ação completa, eram um aglomerado de historietas que juntas não tinham sentido algum. O principal nome da reforma é Jean Georges Noverre.
Conhecido por sua insatisfação com a dança e as regras de sua época, ele estudou dança mas não entrou na Academia Real, como ditavam as regras. Começou, então, a viajar de um lugar para outro, primeiramente como bailarino, e logo coreografando peças e espetáculos. Com 27 anos já era um maitre de ballet de renome, espalhando suas idéias inovadoras por onde passasse e influenciando toda a Europa. Dessa forma, depois de muito viajar por todo o continente, foi finalmente nomeado Maitre de Ballet da Academia Real de Paris (contra a vontade do corpo de baile e dos tradicionais, porque esses acreditavam que só alguém que já foi bailarino da Academia poderia ser maitre da academia). Lá, ele criou poucas peças em virtude da falta de apoio por parte dos bailarinos, mas talvez uma delas seja a mais inovadora de sua carreira: "lês Caprices de Galanthée", em 1781. Não continha canto, mas apenas danças e mise-em-scenes. Foi o primeiro ballet a romper definitivamente com o estilo das óperas. Noverre criou, assim, o ballet que girava em torno de uma só ação dramática, que contava uma história, síntese do Ballet de Repertório. O mestre acreditava que, antes de ser uma manifestação estética, a dança era uma forma de se exprimir emoções com o corpo. A estética do movimento era apenas uma consequência da emoção que brotava na alma do dançarino. Os bailarinos não poderiam deixar de lado a técnica, mas esta não era, de forma alguma, mais importante que a emoção que a dança busca exprimir.
Noverre insistia muito no endehors, mas para ele nada deveria ser forçado: a abertura do quadril seria trabalhada através de exercícios como os rond de jambs e grand battements. Ele ainda criticava os bailarinos de sua época por trabalharem excessivamente o corpo e pouco a alma, tornando-se ignorantes na arte expressiva. Para ele, o bailarino deveria dividir seu tempo igualmente entre os estudos da arte dramática e as aulas para o corpo. Noverre criticou fortemente as vestimentas que cobriam os bailarinos: para ele, tudo deveria facilitar a técnica e principalmente a expressão no desenvolvimento da trama da história de cada ballet. Por isso, ele também retirou as máscaras de cena: "O rosto é o órgão da cena muda, é o intérprete fiel de todos os movimentos da Pantomima (dança expressiva), é o suficiente para banir as máscaras da dança".
Em 1789, um discípulo de Noverre, Jean Dauberval, foi para Bordeaux, seguindo uma bailarina que amava, mas que não se dava bem com a direção da Ópera de Paris. Em Bordeaux, Dauberval criou La Fille Mal Gardée, o mais antigo ballet dançado até hoje. Quase nada de sua coreografia original foi mantida, mas sabe-se que era um ballet alegre e impregnado dos ideais da Revolução Francesa. Nasceram assim os Ballets de Repertório, que vêm sendo dançados e adaptados até hoje, e nos quais a ação dramática deve ter início, meio e fim, representados a partir de danças e mise- en-scenes. O mestre Noverre transformou o ballet clássico em uma dança que não se limitava a uma execução mecânica, que foi capaz de emocionar pessoas em todo
o mundo nos séculos seguintes.
OS BALLETS ROMÂNTICOS
O Romantismo do século XIX transformou todas as artes, inclusive o ballet, que inaugurou um novo estilo romântico onde aparecem figuras exóticas e etéreas se contrapondo aos heróis e heroínas, personagens reais apresentados nos ballets anteriores. Foi nesta época que os Ballets de Repertório se firmaram.
O Romantismo foi um movimento artístico de valorização do sentimento em detrimento da razão (como desejava o mestre Noverre) e no qual a imaginação era deixada à solta, sem qualquer controle ou auto-censura. Dessa forma, a dança que expressa algo, que mostra sentimento, cresce notoriamente, sem deixar morrer o imenso desenvolvimento técnico que havia acontecido anteriormente. No momento, o que se buscava através da técnica eram formas expressivas, a poesia do corpo, a fluidez da dança e não o virtuosismo e a beleza das formas.
Esses novos ideais, baseados na "Igualdade, Liberdade e Fraternidade" da Revolução Francesa, se afastam totalmente dos ideais estéticos greco-romanos. Os artistas tendem a se inspirar no seu cotidiano, nas suas emoções reais, e não na idealização da perfeição dos Deuses.
Uma das grandes inovações da Era Romântica foi o surgimento da dança na ponta dos pés. Eis um bom exemplo dos ideais românticos: houve um imenso desenvolvimento da técnica, mas os objetivos desse desenvolvimento vão muito além da estética da forma: na ponta dos pés, a bailarina se torna muito mais leve e expressiva, pelo menos aos olhos do espectador. Com as pontas, surge a supremacia feminina no balé: os bailarinos agora serviam de suporte, para apoiar e levantar as grandes estrelas. Para isso, eles deviam ser fortes, e belos e expressivos para as histórias de amor. A dança agora se torna mais sensual (para os padrões da época): para equilibrar a bailarina na ponta, o partner deveria ampara-la com seu corpo ou ao menos segura-la pela cintura.
Nesse clima, em 1832, nasceu La Sylphide. Foi o primeiro ballet já coreografado para as pontas e o primeiro grande ballet romântico. Retratava um dos tema preferidos do romantismo: o amor entre mortais e espíritos, e inaugurava a imaginação sem fim, que tratava de temas cotidianos somados a seres como ninfas, duendes, fadas e elfos. Mostra uma grande preocupação com imagens sobrenaturais, sombras, espíritos, bruxas, fadas e mitos misteriosos: tomando o aspecto de um sonho, encantava a todos, principalmente pela representação da bailarina que se movia no palco com inacreditável agilidade na ponta dos pés, dando a ilusão de que saía do chão.
Os Deuses do Olimpo (gregos e romanos) estavam quase esquecidos.
As roupas brancas e longas das ninfas, quase sempre com fartas saias de tule com collants, acentuavam o corpo das bailarinas, o que contribuiu para a sensualidade e para a necessidade de se lapidar ainda mais a técnica, pois agora o corpo aparecia mais (as saias de tule são um pouco transparentes) e não era mais tão disfarçado pela roupagem. Nesses mesmos moldes, o ballet "Giselle" estreou em 1841, sendo remontado mais tarde pelo menos duas vezes. Assim como La Sylphide, Giselle apresentava um 1º ato realista, entre os camponeses, e o 2º ato mais fantástico. Ao invés das ninfas apresentadas no primeiro ballet, no segundo ato de Giselle surgiram novos seres imaginários, as Willis, que eram como ninfas más. Dos grandes nomes da primeira metade do século XIX, La Sylphide lançou Maria Taglioni, este ballet foi criado para ela, a mais perfeita bailarina romântica, harmoniosa, que parecia flutuar, portadora do tipo físico ideal ao romantismo. Giselle lançou Carlota Grisi, uma mulher com uma interessante história pessoal, inspiradora do ballet: foi profundamente amada por Julius Perrot, o coreógrafo do ballet, com quem viveu, e também foi musa inspiradora do Libretista dessa obra, Theóphile de Gautier, que morreu balbuciando seu nome. A segunda bailarina que estrelou Giselle foi Fanny Elssler, muito conhecida por seu estilo forte e voluptuoso. Este ballet romântico representa o maior de todos os testes para a bailarina até os dias de hoje.
A DANÇA PELA EUROPA
O romantismo marca também a queda da dança francesa. Nessa época, os grandes nomes, sejam coreógrafos ou bailarinos, circulavam por toda a Europa, e principalmente por São Petersburgo e Viena. Na Ópera de Paris nada de esplendoroso aconteceu, a não ser da criação de Le Corsaire, de Mazilier, em 1856, e Coppélia, de Arthur Sait-Leon, em 1870.
As bailarinas italianas espalhavam uma nova "moda": a dança mais acrobática, mais voluptuosa, como a de Fanny Elssler. Na Rússia, a monarquia dos Czares incentivava e investia na dança, como forma de mostrar seu poder e grandiosidade. Tal situação atraiu talentos de toda a Europa, que fugiam do mercantilismo e da conseqüente falta de investimento na dança.
O NEOCLASSICISMO NA DANÇA
Nijinsky e Pavlova
A partir do início do século XX, a influência do ballet russo se espalhou por toda a Europa. A grande expansão da dança russa se dá com Diaghilev, um amante das artes que organizou uma espécie de "grupo itinerante", que apresentava os ballets russos por todo o mundo. Com Diaghilev trabalharam alguns dos maiores nomes do século XX:
Michel Fokine (coreógrafo de Les Sylphides), Anna Pavlova, Nijinsky (grande bailarino e autor de peças como A Sagração da Primavera) e Balanchine (também coreógrafo e fundador do New York City Ballet).
Diaghilev acreditava que a dança deveria ser o encontro de todas as artes, e por isso os cenários das peças de seu grupo costumavam ter assinatura de grandes nomes, e as músicas eram de autoria dos novos talentos como compositores, como Stravinsky. Isso tudo sem contar com inovações como a valorização do corpo de baile, que então deixou de apenas figurar, ganhando mais números e destaque.
Enfim, foi graças a Diaghilev que a força da dança ressurgiu no ocidente, chamando a atenção do público (porque suas peças eram sempre ricas ou polêmicas) e dos novos talentos que surgiram a partir de então.
Era uma nova dança: extremamente virtuosa, com um toque de poesia, modernidade e inovação.
Nessa mesma época, um grupo sueco causa grande polêmica. Interessados em romper com as tradições, em 1920 Rolf de Maré e o coreógrafo Jean Börlin fundam um grupo cuja maioria provinha da Ópera Real de Estocolmo. Os suecos passaram 5 anos espalhando sua polêmica na Europa, participando da extraordinária criatividade de sua época e transformando o ballet em uma arte contemporânea. Suas peças mais marcante foram La Création du Monde, em 1923 e Relâche, em 1924, sendo que esta última foi a primeira peça de ballet que utilizava cinema (o filme entre'acte, de René Clair). Sendo assim, os suecos foram responsáveis pela introdução do cubismo no balé, utilizando até um cenário de Picasso no ballet Icaro.
Em 1925, não aguentando as pressões que sofriam, por problemas e contradições de sua arte (a técnica acadêmica clássica ainda era utilizada, com toda a sua rigidez, apesar de toda a maleabilidade de suas idéias, cenários e histórias) o grupo se dissolveu. Foi assim que a dança, ainda clássica, incorporou os ideais modernos. Através desses grupos, das concepções coreográficas de Balanchine, Fokine e Nijinsky, de bailarinas revolucionárias e marcantes como Anna Pavlova. As primeiras décadas do século XX se dividiram, assim, entre o brilhantismo acadêmico russo e as inovações dos grupos (russo e sueco) que percorreram o ocidente.

Ballet de Repertório: Giselle



Coreografia: Jules Perrot e Jean Coralli
Música: Adolphe Adam
Estréia Mundial: 1841, em Paris.
Giselle é uma linda jovem que vive em um vilarejo nos campos da Alsácia, na França. Ela vive feliz com sua mãe, Bertha, suas amigas e Hilarion, seu namorado. É época de colheita da uva, e as festas atraem muita gente, inclusive os nobres. O conde Albrecht é um desses nobres, e, encantado por Giselle, decide se fazer passar por um lenhador, chamado Loys, para se aproximar da moça.
Giselle se apaixona pelo lenhador, e apesar dos avisos de sua mãe e das tentativas de Hilarion de desmascarar Loys, ela prefere acreditar em seu grande amor. O conde, também apaixonado, mantém a farsa com medo de perder Giselle.
Uma comitiva de caçadores nobres chega à vila. Giselle e sua mãe têm grande prazer em receber os nobres em sua casa, e a moça se diverte conversando com Bathilde, sem nem sequer imaginar que ela é a noiva de seu grande amor. Bathilde também não desconfia que Loys, de quem Giselle tanto fala, é na verdade o conde Albrecht.
Nesse mesmo dia, Hilarion entra escondido na casa de Loys para procurar algo que possa incriminá-lo, encontrando sua roupa de nobre e sua espada, e conseguindo finalmente desmascarar o conde.
Quando o jovem conta tudo a todos, Bathilde confirma que Loys é seu noivo, deixando cada morador da vila chocado com a notícia. Giselle, diante da grande decepção, enlouquece de tristeza e morre de amor.
O corpo da moça é enterrado na floresta, lar das Willis. Elas são almas de jovens que amavam muito e morreram antes do casamento. Materializam-se à meia-noite, desaparecendo ao amanhecer, e buscam se vingar, fazendo com que os homens que passeiam pela floresta dancem até morrerem de cansaço.
Hilarion vai visitar o túmulo de Giselle e as Willis começam a aparecer. Myrtha, a rainha das Willis, convida-as para iniciar Giselle em seus ritos. Hilarion, então, é perseguido e levado à morte. Albrecht aparece, carregando lírios, e Giselle surge para ele.
As Willis reaparecem, e Myrtha o condena a dançar até a morte, mas o amor de Giselle por ele é ainda grande. Ela o ampara e o protege com a ajuda da cruz de seu túmulo, poupando a vida de seu amado até o amanhecer, quando as Willis desaparecem